Uma semana após o encerramento da Copa e já está acontecendo a 9ª rodada do Brasileirão, a 8º rolou no meio de semana.
Na rodada de meio de semana não houve muitas novidades. Os resultados até esperados diante da primeira parte do campeonato. Corinthians é líder junto com o Ceará. O Fluminense perdeu a chance de assumir a ponta isolado, e o peixe perdeu para o Palmeiras no clássico da rodada.
Mais tarde volto com os resultados dessa 9ª rodada.
É, a Copa do Mundo FIFA 2010 acabou. E quem levou? A Espanha, "A Fúria". Essa Copa foi marcada pela quebra de tabus, e foram muitos! Para começar, pela primeira vez o favorito nas bolsas de apostas levou a Copa. Pela primeira vez um europeu foi campeão fora de seu continente. O campeão perdeu a partida de estréia. O campeão teve o menor número de gols. E por aí vai.
Com respeito ao jogo, não foi dos melhores da Copa. Longe disso, poucas oportunidades foram criadas, e os times se mostraram muito nervosos.
A Espanha começou melhor, nos 10 primeiros minutos. Incluindo uma das melhores chances da Espanha no jogo, com uma cabeçada de Sérgio Ramos. Depois da pressão inicial, o jogo ficou muito amarrado e muito violento. Principalmente por parte da Holanda, mas a Espanha acabou entrando no jogo.
Demorou para que o jogo voltasse a esquentar. Em um lance de Fair-Play, quando a Holanda devolvia a bola, ela quase foi para o gol, passou por cima de Casillas, que deu um leve toque e foi para escanteio. na cobrança, a bola foi devolvida corretamente.
2 minutos depois, em jogada ensaiada no escanteio, os Laranjas tiveram um grande oportunidade. Se não fosse a furada de Mathijsen, o placar sairia do zero. Ainda antes do final do primeiro tempo, Robben em sua jogada característica, puxou para o meio e bateu de esquerda. Casillas defendeu no canto.
Encerrado o primeiro tempo, com poucas emoções. O segundo tempo foi melhor. afinal, as marcações cederam um pouco e as oportunidades melhoraram. A Espanha tinha posse de bola e a Holanda só criava no contra-ataque, Robben teve duas grandes chances, frente a frente com Casillas. Na primeira o goleiro defendeu com o pé, e na segunda conseguiu interceptar com as mãos.
Se houve uma furada fenomenal de Mathijsen no primeiro tempo, a Fúria devolveu no segundo. Capdevilla estava nas mesmas condições e também furou na hora de finalizar. A Espanha ainda conseguiu alguns bons momentos, mas nada que desse trabalho para o goleiro holandês.
Zero no placar e fim do segundo tempo. Ou seja, prorrogação. O primeiro tempo foi uma continuação do segundo tempo regular. Espanha em cima e Holanda tentando o contra-ataque. Fábregas teve um oportunidade de ouro e não marcou quando estava cara a cara com o goleiro Stekelenburg.
Já o segundo tempo da prorrogação começou mais agitado. Logo aos 3 minutos houve a expulsão de Heitinga. Uma expulsão demorou a acontecer, pois o árbitro Howard Webb fez um jogo para não se comprometer. Houve vários lances onde poderia um time ter ficado com um a menos. E isso foi para os dois lados. Os grandes jogadores das equipes, Iniesta, Xavi e Robben demoraram para receber amarelo. Afinal, o árbitro sempre conversava com eles quando havia uma falta. Inclusive houve um lance de caratê quando De Jong acertou as travas da chuteira no peito de Xabi Alonso e ainda permaneceu em campo.
Com 1 a mais, a Espanha tinha tudo para ganhar. Mas nem com Fernando Torres em campo, os espanhóis conseguiam marcar um gol. E foi em um erro de arbitragem que começou a jogada do gol da Espanha. Em uma cobrança de falta do Sneijder, a bola desvia em Fábregas e vai para a linha de fundo. O juiz da tiro de meta. E é desse tiro de meta que se inicia a jogada do gol espanhol. Iniesta, o cara que nunca chuta ao gol, finalmente chutou. Mas somente quando tinha certeza de que poderia e de que não tinha ninguém para tocar. A comemoração lhe rendeu o cartão amarelo, e foram 2 minutos celebrando o gol do título.
Daí em diante, foi só esperar o juiz encerrar e fazer a festa.
Para mim, o título foi merecido, principalmente pelo comprometimento da equipe e pelo fato de não deixarem questões políticas influenciarem dentro de campo. Os Bascos, os Catalães, os Madrilenhos, todos eles jogando juntos em pról da equipe. E a cena mais emocionante dessa partida foi quando saiu o gol da Espanha, uma camera foca o goleiro Casillas. Agachado ele põe as mãos nos olhos, estava chorando de alegria ao ver o gol de Iniesta.
Levantou a taça ainda muito emocionado:
Vale lembrar que a campanha da Holanda foi maravilhosa, afinal para um time com a defesa que tem, ter conseguido chegar na final da Copa é simplesmente memorável.
E o prêmio de melhor jogador da Copa foi para Diego Forlán, do Uruguai. Outro título mais do que merecido. Afinal o atacante jogou de armador e conseguiu levar o Uruguai à quarta posição no mundial. A revelação e a artilharia ficaram com Müller, da Alemanha. Ele, Forlán, David Vila e Sneijder estavam empatados com 5 gols, o desempate se deu pelo número de assitências, e o jovem alemão levou porque tinha 3. E o prêmio de melhor goleiro ficou com o capitão da Espanha. Casillas tomou somente 2 gols na Copa. Ambos na primeira-fase. Mais um recorde para a Fúria: primeira equipe campeã a não tomar gols na fase de mata-mata.
Vale agora acompanhar esse time e ver o que mais ele nos pode proporcionar.
Comentando sobre os outros jogos das quartas-de-final.
Os jogos foram: Uruguai x Gana ; Argentina x Alemanha; Espanha x Paraguai.
Começando pela surpresa da Copa: Uruguai! E que jogo contra a esperança da África. Pode não ter sido o melhor jogo, com os dois times abertos. Mas, com certeza, foi o mais emocionante.
Primeiro tempo, no fim das contas, equilibrado. Uruguai começou melhor, mas aos poucos Gana equilibrou o jogo, e mais tarde começou a chegar no gol da celeste. E saiu um gol logo antes do encerramento do primeiro tempo. Para mim, foi falha do goleiro no chute de longa distância de Muntari.
Somente com a opção de ir pra cima, o Uruguai conseguiu o empate aos 10 minutos do segundo tempo. Cobrança de falta de Forlán, que encobriu o goleiro. Daí em diante, o jogo se desenvolveu com boas chances para ambos, mas não muitas. O jogo persistiu no empate e foi a prorrogação. Estava tudo certo de que iria para as cobranças de penaltis. Estava. Aos 15 minutos do segundo tempo, Gana chega muito próximo do segundo gol. Seria gol, se não fosse a intervenção do atacante Suarez. Até aí, tudo normal, exceto que ele impediu com a mão!
Cartão vermelho merecido e penalti para Gana, no último lance do jogo. Vaga garantida? Não, pois Asamoah bateu muito forte e a bola explodiu no travessão. A bola saiu para tiro de meta e o juiz encerrou o jogo. A disputa das penalidades máximas a seleção sulamericana se classificou, na cavadinha do LOCO abreu!
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Argentina entrou em campo no sábado, contra a Alemanha. Muita gente ainda esperava de Messi o futebol que o consagrou o melhor do mundo em 2009 e até agora não apareceu na Copa do Mundo!
E continuou sem aparecer. Enquanto muitos esperavam que os grandes nomes do futebol mundial fizessem da Copa um espetáculo, quem deu show foi o futebol Alemão.
Longe de ser aquele futebol pragmático, "troncudo", baseado na força física. É um futebol vistoso, com técnica e talento, além da grande disciplina alemã. A equipe acima de tudo (isso acabou com as esperanças de muitos "técnicos" nessa Copa!).
E não deu outra. Explorando o frágil setor direito da defesa Argentina, os 4 gols surgiram desse lado, a Alemanha mandou os Hermanos para Buenos Aires de 4.
Maradona não deve continuar no cargo, mesmo a AFA preparando um pedido oficial para que ele continue. A experiência foi válida, mas ficou aquém do esperado. Argentina e Brasil precisam de técnicos de verdade, não de técnicos arranjados. E parece que a CBF vai continuar errando (o nome mais cogitado é o de Leonardo, mas isso é outro assunto).
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A Espanha passou pelo Paraguai com muita dificuldade e até uma mãozinha do juiz. A arbitragem do jogo errou para os dois lados, mas mais ainda pro lado dos sulamericanos.
Com 1 gol magro no placar, marcado por David Villa e muito chorado, a Espanha avança às semi-finais. Não antes de ver um gol mal anulado do Paraguai. Antes de Casillas defender um penalti (que, pelo critério do juiz, devia ser batido de novo pois houve invasão espanhola). De ver o gol de penalti do Xabi Alonso anulado (mal anulado, houve invasão de ambos os times). De Xabi Alonso errar a segund cobrança e no rebote, Fabregas sofrer outro penalti não marcado pelo juiz.
Engraçado ver como a Arbitragem tem sido destaque nesse mundial. E qual o motivo? Pelo simples fato da FIFA fazer política e colocar árbitros de países sem tradição no futebol para apitar jogos grandes como oitavas e quartas de final. E isso vai se repetir na Semi final. Triste para o futebol isso!
Comentar sobre uma eliminação brasileira é mto difícil. E mais ainda, tentando não apontar "vilões" e "culpados". Mesmo quando temos uma vontade imensa, dada a arrogância do técnico da Seleção.
Brasil e Holanda abriram as quartas-de-final da Copa. O jogo ocorreu às 16 horas, horário local, em Porto Elizabeth. Brasil de Azul e Branco, Holanda de Laranja e Preto.
O primeiro tempo foi ótimo para o Brasil. Todo mundo disposto a mostrar a que veio, e que não deixariam a Holanda jogar. Boas chances foram criadas, e saíram 2 gols. O primeiro de Robinho, com passe de Daniel Alves. Mas o camisa 13 da seleção estava impedido. Gol bem anulado. O segundo, um lançamento magistral de Felipe Mello deixou Robinho sozinho com o goleiro, e tocou para os fundos das redes da entrada da área.
Kaká parecia estar próximo do seu futebol vistoso a que estamos acostumados. Tanto que quase fez seu primeiro gol em 2010. Foi por muito pouco.
Intervalo veio, e com ele a impressão de que o Brasil massacraria a Holanda, afinal os laranjas não ameaçaram o gol de Júlio César no primeiro tempo (não efetivamente pelo menos). Mas no segundo tempo, o time brasileiro voltou irreconhecível. Vou me permitir citar o grande Juca Kfouri: "Parece que o Dunga chegou no vestiário após o primeiro tempo e disse: 'Vocês estão jogando demais. Tão jogando muito. Não foi o que combinamos, podem tratar de fazerem menos, de correrem menos!' ".
Essa frase, irônica é claro, reflete o segundo tempo. O Brasil voltou perdido em marcação, e chamando a Holanda para o seu campo. Foi em uma cobrança rápida de falta e, na desatenção brasileira, que saiu o primeiro gol. Sneijder cruza a bola na área, Júlio César sai e tromba em Felipe Mello, a bola bate na cabeça do número 5 brasileiro e entra no gol. Falha de quem? Difícil dizer. Provavelmente a saída de Júlio César, por ter outros brasileiros na área. Mas mesmo assim, não dá para atribuir a falha a só um, estando mais para o conjunto.
O segundo gol veio de um erro de marcação em um escanteio, após o desequilíbrio brasileiro diante do primeiro gol sofrido. Cade o time centrado, focado e com o objetivo de ganhar a Copa? Se a clausura foi dada com a premissa de que a imprensa e os torcedores atrapalhariam a concentração dos jogadores, percebe-se que foi nada mais que uma desculpa. Afinal, time focado e centrado, ao tomar um revés, sabe ser equilibrado e correr atrás do placar para alcançar o objetivo. Tudo que não aconteceu com a nossa Seleção.
Uma seleção é o reflexo do seu técnico. Nunca essa frase pode ser vista tanto na prática. Um Dunga nervoso, esmurrando tudo. E o que o time fazia em campo? Nem o time mesmo sabia. Estava todo lançado ao ataque, sem organização nenhuma e com muita irritabilidade. Esse fato culminou no personagem do jogo: Felipe Mello, que foi expulso. Todo mundo sabe que ele não é um jogador equilibrado. Como ele não tem a cabeça no lugar, o técnico deveria dar esse equilíbrio para o jogador. E alguém ve o Dunga dando algum equilibrio emocional para algum jogador? Não né. O jogador do passe brilhante e do lance confuso que originou o empate, pisou em Robben, sendo expulso na hora. Expulsão merecida, mesmo o jogador dizendo que não.
E foi diante dessa agonia que o Brasil caiu diante da Holanda. A Holanda mereceu sim a classificação, e para mim tem 2 jogadores entre os 5 melhores da Copa: Robben e Sneijder. Enquanto todos esperavam que Messi, Rooney, Cristiano Ronaldo, Ferando Torres e Kaká fizessem seus melhores mundiais, esses dois tem que ser observados. E vale lembrar que eles também tiveram um campeonato longo, pois chegaram a final da UEFA.
Para finalizar, apenas uma crítica: não tivemos um técnico nessa Copa do Mundo, não tivemos banco de reservas e muito menos tivemos Seleção. Não foi a bagunça e a falta de compromisso de 2006, isso merece um destaque. Mas, no fim das contas, caímos no mesmo lugar. Dunga teve uma trajetória vitoriosa? Sim, teve e isso é fato. Mas, todos sabemos que a maior competição para o Brasil é a Copa do Mundo. Copa América e das Confederações são só o percurso para o momento final.
Fica o pensamento: De que adianta isolar imprensa, fãs, admiradores e torcedores? Se o trabalho não for conduzido como se deve, se o talento for deixado "Na lista de espera", e o banco estiver cheios de "carregadores de piano", mas que não deem mobilidade para o time?
Enfim, erros que esperamos não rever em outro mundial. Erros, que esperamos que o chefão da CBF pare de olhar para o próprio umbigo e olhe para o que está acontecendo à "nossa" Seleção e faça as mudanças necessárias.
