Um Gol para a Copa Conquistar!
É, a Copa do Mundo FIFA 2010 acabou. E quem levou? A Espanha, "A Fúria". Essa Copa foi marcada pela quebra de tabus, e foram muitos! Para começar, pela primeira vez o favorito nas bolsas de apostas levou a Copa. Pela primeira vez um europeu foi campeão fora de seu continente. O campeão perdeu a partida de estréia. O campeão teve o menor número de gols. E por aí vai.Com respeito ao jogo, não foi dos melhores da Copa. Longe disso, poucas oportunidades foram criadas, e os times se mostraram muito nervosos.
A Espanha começou melhor, nos 10 primeiros minutos. Incluindo uma das melhores chances da Espanha no jogo, com uma cabeçada de Sérgio Ramos. Depois da pressão inicial, o jogo ficou muito amarrado e muito violento. Principalmente por parte da Holanda, mas a Espanha acabou entrando no jogo.
Demorou para que o jogo voltasse a esquentar. Em um lance de Fair-Play, quando a Holanda devolvia a bola, ela quase foi para o gol, passou por cima de Casillas, que deu um leve toque e foi para escanteio. na cobrança, a bola foi devolvida corretamente.
2 minutos depois, em jogada ensaiada no escanteio, os Laranjas tiveram um grande oportunidade. Se não fosse a furada de Mathijsen, o placar sairia do zero. Ainda antes do final do primeiro tempo, Robben em sua jogada característica, puxou para o meio e bateu de esquerda. Casillas defendeu no canto.
Encerrado o primeiro tempo, com poucas emoções. O segundo tempo foi melhor. afinal, as marcações cederam um pouco e as oportunidades melhoraram. A Espanha tinha posse de bola e a Holanda só criava no contra-ataque, Robben teve duas grandes chances, frente a frente com Casillas. Na primeira o goleiro defendeu com o pé, e na segunda conseguiu interceptar com as mãos.
Se houve uma furada fenomenal de Mathijsen no primeiro tempo, a Fúria devolveu no segundo. Capdevilla estava nas mesmas condições e também furou na hora de finalizar. A Espanha ainda conseguiu alguns bons momentos, mas nada que desse trabalho para o goleiro holandês.
Zero no placar e fim do segundo tempo. Ou seja, prorrogação. O primeiro tempo foi uma continuação do segundo tempo regular. Espanha em cima e Holanda tentando o contra-ataque. Fábregas teve um oportunidade de ouro e não marcou quando estava cara a cara com o goleiro Stekelenburg.
Já o segundo tempo da prorrogação começou mais agitado. Logo aos 3 minutos houve a expulsão de Heitinga. Uma expulsão demorou a acontecer, pois o árbitro Howard Webb fez um jogo para não se comprometer. Houve vários lances onde poderia um time ter ficado com um a menos. E isso foi para os dois lados. Os grandes jogadores das equipes, Iniesta, Xavi e Robben demoraram para receber amarelo. Afinal, o árbitro sempre conversava com eles quando havia uma falta. Inclusive houve um lance de caratê quando De Jong acertou as travas da chuteira no peito de Xabi Alonso e ainda permaneceu em campo.
Com 1 a mais, a Espanha tinha tudo para ganhar. Mas nem com Fernando Torres em campo, os espanhóis conseguiam marcar um gol. E foi em um erro de arbitragem que começou a jogada do gol da Espanha. Em uma cobrança de falta do Sneijder, a bola desvia em Fábregas e vai para a linha de fundo. O juiz da tiro de meta. E é desse tiro de meta que se inicia a jogada do gol espanhol.
Iniesta, o cara que nunca chuta ao gol, finalmente chutou. Mas somente quando tinha certeza de que poderia e de que não tinha ninguém para tocar. A comemoração lhe rendeu o cartão amarelo, e foram 2 minutos celebrando o gol do título.
Daí em diante, foi só esperar o juiz encerrar e fazer a festa.
Para mim, o título foi merecido, principalmente pelo comprometimento da equipe e pelo fato de não deixarem questões políticas influenciarem dentro de campo. Os Bascos, os Catalães, os Madrilenhos, todos eles jogando juntos em pról da equipe. E a cena mais emocionante dessa partida foi quando saiu o gol da Espanha, uma camera foca o goleiro Casillas. Agachado ele põe as mãos nos olhos, estava chorando de alegria ao ver o gol de Iniesta.
Levantou a taça ainda muito emocionado:
Vale lembrar que a campanha da Holanda foi maravilhosa, afinal para um time com a defesa que tem, ter conseguido chegar na final da Copa é simplesmente memorável.
E o prêmio de melhor jogador da Copa foi para Diego Forlán, do Uruguai. Outro título mais do que merecido. Afinal o atacante jogou de armador e conseguiu levar o Uruguai à quarta posição no mundial. A revelação e a artilharia ficaram com Müller, da Alemanha. Ele, Forlán, David Vila e Sneijder estavam empatados com 5 gols, o desempate se deu pelo número de assitências, e o jovem alemão levou porque tinha 3. E o prêmio de melhor goleiro ficou com o capitão da Espanha. Casillas tomou somente 2 gols na Copa. Ambos na primeira-fase. Mais um recorde para a Fúria: primeira equipe campeã a não tomar gols na fase de mata-mata.
Vale agora acompanhar esse time e ver o que mais ele nos pode proporcionar.
