segunda-feira, 31 de maio de 2010

Corinthians para meninos da Vila, faz 4 no Santos e se mantém na liderança


O clássico entre Corinthians e Santos foi apimentado antes do duelo com a polêmica envolvendo Chicão e Neymar. A possibilidade de o vencedor ficar com a liderança do Brasileiro deixou ainda mais acirrado o duelo. Neste domingo, porém, não houve discussões, apenas futebol. O Corinthians confirmou a condição de líder e venceu o time da Vila por 4 a 2, no Pacaembu.

Com esta vitória, o Corinthians se manteve na liderança do torneio, somando 13 pontos. O Santos permanece com oito pontos.

O triunfo do Corinthians amplia a série invicta do time atuando no Pacaembu em clássicos paulistas. São sete vitórias e um empate. A última derrota corintiana foi contra o próprio Santos, 3 a 0, em 2006.

Quem cogitou uma nova rusga entre Chicão e Neymar se enganou. No duelo anterior, vencido pelo Santos, pelo Paulista, o atacante aplicou chapéu no zagueiro com o jogo parado, gerando bate-boca. Neste domingo, não houve provocações ou polêmicas.

“Tiraram muita onda da gente. Falaram que iam dar chapeuzinho dentro de campo. Vencemos”, desabafou Jucilei. Neymar negou ter havido menosprezo antes do clássico. “Ninguém falou isso [tentar o chapéu em Chicão]. A imprensa que botou fogo”, rebateu o atacante.

Sem a estrela Robinho, o Santos montou seu ataque com André e Neymar. O Corinthians mudou a estratégia para o clássico contra o Santos, abdicando de um jogador de área para apostar na velocidade e marcação forte. A ideia era conter o ímpeto dos "Meninos da Vila". Com a presença de dois atacantes rápidos (Dentinho e Jorge Henrique), o time impediria os avanços dos laterais santistas, dizia Mano.

O Corinthians não deu tempo para o Santos respirar, marcando logo aos 2 min. Bruno César arriscou de fora da área. Felipe espalmou, sobrando para Jorge Henrique. Parte da torcida corintiana sequer viu o gol, pois estava embaixo da enorme bandeira estendida pela Gaviões da Fiel, como acontece no começo dos jogos do time.

Em desvantagem, o Santos concentrou as jogadas no setor intermediário, mas pecava nos passes e infiltrações, principalmente com Ganso na primeira etapa. Sem ser acionados, Neymar e André pouco produziram.

Após o gol, o Corinthians recuou, apostando na interceptação da bola no meio-campo para formular os contra-ataques. Dessa maneira, Jorge Henrique quase ampliou o marcador, aos 15 min. A bola acertou o travessão.

No primeiro lance em que o Santos conseguiu envolver o Corinthians no ataque, o time da Vila até chegou a comemorar o gol, mas a arbitragem anulou, apontando impedimento de Marquinhos.

“Não estava em impedimento! Todo o jogo o Corinthians está sendo ajudado pela arbitragem. Não sei se é coincidência ou se estão puxando o saco”, esbravejou Marquinhos.

Desde então, o Santos empurrou o Corinthians para a defesa. O corintiano Felipe, entretanto, realizou boas defesas nos 45 minutos iniciais, frustrando o ataque santista. Na vez em que o camisa 1 foi vencido, Chicão evitou o empate, tirando de cabeça a bola após bela jogada de Neymar.

No intervalo, os jogadores do Santos foram cobrar Sálvio Spinola pela anulação do gol de Marquinhos.

Apagado no primeiro tempo, o atacante André justificou a condição de “homem-gol”. Ele recebeu na área e chutou cruzado, aos 7 min do segundo tempo. O gol inspirou os santistas, que fizeram a tradicional dancinha.

O 1 a 1, porém, não durou muito. Dois minutos depois, Bruno César recebeu a bola na área e chutou com força, recolocando o Corinthians na frente.

Pouco participativo, Neymar deixou a partida aos 20 min da segunda etapa. Madson o substituiu. Com o gol de Bruno César, o Corinthians cresceu no jogo. Notando a evolução do rival, Dorival Junior tratou de alterar o desenho tático, colocando um jogador de área no ataque (Marcel) na vaga de Pará.

Mas o terceiro gol corintiano não tardou. Em linda jogada de Ralf, o volante invadiu a área, chutando rasteiro no canto. Na comemoração, os corintianos fizeram gestos de que estavam pescando.

O Santos avançou para o ataque. O corintiano Felipe, assim como no primeiro tempo, fez boas intervenções na etapa complementar.

Para desespero dos santistas, Madson perdeu gol incrível, frente a frente com Felipe. A última cartada de Dorival foi sacar um zagueiro (Dracena) para a entrada de um meia (Zezinho).

Atirado no ataque, o Santos deu espaço para os contragolpes corintianos. E numa dessas jogadas nasceu o quarto gol do time do Parque São Jorge. Paulinho, de cabeça, ampliou.

De cabeça, Marcel, aos 42 min, descontou para o Santos. O atacante quase fez o terceiro do Santos, mas Felipe se atirou para defender.

FONTE: UOL Esportes

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Quem viu meus palpites para essa rodada, sabe que eu errei quase tudo. Faz parte do jogo, nem sempre o melhor time vence (ou o que está em melhor momento).

Mas falando do jogo, foi um grande jogo, digno de clássico! Interessante ver como o Corinthians melhorou após a eliminação na Libertadores. No futebol, na torcida, no clima no elenco, e na pressão por títulos.

O timão tá liderando o campeonato com méritos. Pode ter sido beneficiado pela arbitragem aqui e ali, mas certamente também já foi prejudicado. Não adianta querer botar a culpa no juiz ou coisas do gênero, pois como já dizia Tite, com extrema perfeição: "O campeonata dá, e o campeonato tira" .

Um jogo aberto, com os dois times arriscando, ninguém com medo de ir para cima e tentar o gol. Destaque negativo do jogo para todo o setor defensivo. Não to tirando o mérito do Corinthians, mas não é de hoje que a zaga do peixe deixa a desejar. Muitos diziam: "Mas o ataque faz mais gols que a defesa", nesse caso não fez. Pois pegou uma defesa bem postada.

Mais um grande jogo nesse ano!

1 comentários:

M. A. Kazmierczak disse...

Depois desse jogo, eu difinitivamente entrei em concentração para a copa...
De qualquer forma, quem acompanha futebol sabe que apontar prognósticos ( ainda mais no brasileiro ) é dar a cara a tapa, por isso parabéns pela coragem. Quanto à zaga do Santos, me tira do sério desde do começo do ano. O time não pode jogar só como Arouca protegendo a defesa, pra quem torce, não tem graça nenhuma ficar com o coração na mão a cada ataque do adversário.

1 de junho de 2010 às 12:03

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